segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Poética Problemática das Próprias Estruturas



















Toda vida, todavia,
é Poesia.
Algumas de tristeza, outras de beleza
E umas tantas de incerteza.

Há tempos deixei de rimar sentimentos concretos.
E talvez por isso, passei a escrever versos incertos.

Mas haverá sempre outros.
Versos, vinhos, noites e rostos.
Que eu não procurei na multidão.
[Meu verso mais sincero, sempre fala de solidão]
Em poemas descompassados, sem questão de metrificação.

Porque a vida é uma bagunça nova todo dia
E por que não seria?
Se é assim também a poesia?

Cópias mal colocadas em porta-retratos
São molduras apenas.
O que não vale a pena é ter alma pequena
Que não caiba moldura de quadro
nem coração de papel picado.

O que não vale a pena meu caro, é poema mal começado.
Porque no fim, toda vida, todavia,
É poesia. 

Um comentário:

  1. todavia, é poesia ... tristeza ou beleza, é poesia ...

    brilhante caro poeta :)

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