quarta-feira, 29 de maio de 2013

Monólogos do Amor que ainda não inventaram
















Ando precisando de um amor

que tome conta de mim
Simples assim.
Sem demasias, nem diferenças
Sem preconceitos, credos e crenças
Sem desavenças com o contratempo
Apenas amor, sempre mais, nunca menos.
Amor que venha e que fique
Que seja a companhia nos dias tristes
E que haja sorrisos espalhados
E corações enfeitados
Numa cesta de café dada de presente
Que seja amor que a gente ama e sente.
Que seja eterno
Que esquente no inverno
E que deite com a cabeça em meu colo enquanto lê
Eu só quero um amor desses que a gente vê
nas novelas, nos livros, nas histórias encantadas.
Mas que seja amor real, não apenas conto de fadas.
Amor que seja sincero.
Amor que seja belo
Amor que seja diferente de todas as outras formas de amar
Um amor, que nem o mais romântico dos poetas, tenha tido a sorte de inventar...

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Madrugadeando


















Ando acordando fora de época
Madrugadeando pelo pensamento
Alheio-me. Nas vontades do tempo
Perdidos nos livros que ainda não li.
Mas que lerei
Se o sono não vir.
E que não me falte a fé
Nem o café pela manhã.
E que amanhã, tudo seja de novo.
Novo.
Igual.
Natural.
Diferente.
Que tenha amores
Que tenha sabores
E que a vida valha a pena
Sempre vale, se a alma não for pequena.
Ouvi uma vez dos livros.
Ou seria dos amigos, tanto faz.
Faz tempo que não sonho
E ando sonhando em não acordar de madrugada
Pra não lembrar apenas de nós dois e mais nada.


sábado, 25 de maio de 2013

Garota
















Garota.
De sorriso de menina
De olhar que fascina 
De coração tão sereno
E olhos pequenos
Garota.
Que gosta de flores
Que sofreu por amores
E prefere o rosa, de todas as cores.
Garota.
Mulher.
Que sabe o que quer
E sabe melhor ainda o que não quer
Que cuida de si, com o coração na mão
Que faz graça, faz pirraça quando ouve um não.
Garota, sempre linda sem perder o brilho
Sempre em festa com seu simples sorriso.
Garota de encantos meus,
Perdida em pensamentos seus
Estás a me procurar?
Ou prefere que eu vá
Em seu encontro
E fique.

Por todo tempo que houver nessa vida?

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Sofia

















Sofia, sorria ao caminhar numa rua sem ladrilho
E sem alarde num fim de tarde, sumia no mundo o andarilho
De trilha em migalhas e corações ardentes em brasa
Partiram gaivotas na praia, com seu suave bater de asas

Dia de melancolia, chuva sem pressa em domingo
E o poeta ora indo, ora vindo, era poesia desencontrada
Amando amores amantes a menos tempo que gostaria
Sua poesia cantava sobre uma vida apaixonada

E o mundo, sussurrava-lhe: “Pobre poeta sem caminho”
[Mas porque pensas que não sei por onde estou seguindo?]

E Sofia, ah, Sofia ainda ria,
Como se no fim, tudo fosse poesia.