sábado, 13 de abril de 2013

Embriaguez
















O cigarro acabou, assim como o vinho barato
E o poeta sentado, na mesa do bar assiste a madrugada
O tempo passa, sem glamour nem tédio
E a manhã no topo do mundo anuncia sua chegada

Não tão frio que não sinta apego
Nem tão bêbado que não possa voltar pra casa
Caminhando de volta em mais uma noite mal dormida
Anseia  pela chegada, com o mesmo fulgor da partida

E dos avessos do seu entendimento
Corre contra o próprio tempo sem pensar
Era ele o poeta dos sonhos de outra vida
Procurando alternativas para amar
                                                                       
E no cinzeiro da manhã nublada
Via os caminhos que não levam a nada
Na estrada dos despropósitos da vida
Onde guardava as lembranças perdidas

E o encontro era silêncio, sem peso
O dia que começava, seguia a esmo
Sem questão de ser compreendido
Ele seguia, nem sempre sorrindo

Mas seguia em frente, mesmo tendo os rastros
Às voltas com o passado tão difícil de passar
Nas outras madrugadas seguintes, era ele
O mesmo poeta, nas esquinas, querendo apenas amar...

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