Falava sobre devaneios
Escrevia algo desvairado
Trazia no peito seus anseios
E letra a letra, sofria calado
Poeta que outrora fazia versos com graça
Hoje pousa a caneta em traços leves
E a folha que queima feito brasa
Já não sabe fazer poemas breves.
E a vida, alheia segue seu rumo
É contraventora de seu querer
Poeta é ser errante
Que erra quase sempre sem saber
Já é fato consumado
Que carrega sempre em seu peito o afago
E uma tempestuosa inquietude
Todo poeta, tem medo que nada mude
E escrevendo expressa o que sente
Um poeta nunca mente
Sobre aquilo que vê e crê.
E no fim sua poesia é apenas ele tentando sobreviver.
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