quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Poesia sobre poetas mau amados















Desatento aos desencontros, o poeta cria
Em perfeita harmonia com sua dança de palavras
Enxuga lágrimas de um sonho ainda recente
Crescendo dentro da gente paixões desencontradas

Poesias de além mar, de céus invisíveis
Canções displicentes  de histórias marcantes
Faz-se a vontade própria de ser
Ecoada num grito de liberdade berrante

Poeta esse, de sofrimentos e descontentamento
De choros, melodias frágeis e palavras irrisórias
Mas de sorrisos alheios, em simples devaneios
Do que já faz parte dum pedaço de memória

Diz-se que poetas vivem de ilusões, amores irreais
E das noites em claro, dos choros ecoados, tiram poesia
Na verdade, ser poeta, é estar com a porta sempre aberta
Para um novo amor que chegue sem aviso a qualquer dia.

2 comentários:

  1. Novo amor esse que chega e invade
    Entra sem bater, porem nem sempre sai da mesma forma
    As vezes bate pra sair
    Daí surge a poesia
    Poesia dos amores que batem
    Batem pra mostrar que estiveram ali
    Enquanto que somente a ausência ja seria o suficiente...


    Como sempre, a titia aqui se orgulha do que leu...

    bjsMeus
    Catita

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  2. Belo poema, com a dor sofrida dos poetas mal amados ou seriam poetas que bem amados foram a ponto de lançar ao mundo sua dor sentida no fim do ciclo? O que importa é a dança das palavras formando versos e estrofes para encantar de cores e sentimentos as emoções de quem se põe a desfrutar da colheita das suas mãos.
    Um grande abraço. Daniel.

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