sábado, 30 de setembro de 2017

Inesperado

















O que eu vejo
É o reflexo do que eu sinto
E às vezes eu minto
Que tudo está bem

Porque vivo tantas intensidades
Que me perdi nas verdades
De saber ao fundo
Quem é quem.

Mas vivo de forma serena
Ainda que a felicidade seja pequena
Sou assim cheio de anseios
Vivendo meus próprios devaneios

Fazendo dos dramas
Pura poesia
Amando as amarguras
E vivendo a beleza de cada dia

Porque a vida é uma incontinuidade
Cheia de meias verdades
Que nos move sempre em frente
E no fundo é isso que ela espera da gente...

...O Inesperado

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Somos sempre amor e nada mais


















As inquietudes da alma cansada
Que hora se cala
E hora desatina a falar
Sobre sua intensa forma de amar
Fala de lutas constantes
De problemas que parecem gigantes
Mas que nos unem cada dia mais
Amando-nos me sinto capaz
De enfrentar um dia de cada vez.
Sem perder a altivez
De ser eu mesmo
Sem dogmas e preconceito
Sou apenas um sujeito
Vivendo um amor lindo
E que seja bem vindo
Todos os dias bons
Mesmo que ainda tenha tons
De algumas inquietudes
Amar é olhar mais para as virtudes
Do que se abater por pensamentos bobos
Porque no fim, somos todos
Uma incontinuidade todos os dias.
E ainda assim, somos poesias
Que apenas transmitem o amor
Puro
Simples
E intenso amor...

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Palavras eternas

















As palavras que divagam
Viajam
Mas nunca se calam
São levadas pelo vento
E entram pelo ouvido desatento
Até encontrar o firme pensamento
E lá faz morada residente
Persistente
Resitente
Consciente
De que palavras
Mesmo que não faladas
Ou  às vezes gritadas
Até as não ditas
E as malditas
São nossa fonte inesgotável de poder
É onde mora nosso saber
E nos abre a mente
Que reluta impertinente
Em entender
Que as palavras também é uma forma de viver
Não para sempre
Mas eternamente
Vivo
No que um dia, dissemos com convicção 

domingo, 10 de setembro de 2017

Sobre Ele






















Ele tinha na alma cansada
O peso de quem não sabia de nada
E carregava no olhar profundo
Todo o peso do mundo

Ele tinha o descompasso
Que apertava o peito feito laço
Nos pensamentos tão distantes
Que sempre soavam tão destoantes

E lá no fundo de si, tinha algo que sussurrava
Que o coração que há muito não amava
Estava prestes a encontrar
Um novo e bom motivo pra sonhar

E enfim, esqueceu de todo sofrimento já vivido
E permitiu ao seu coração ainda ferido
Sentir um forte amor novamente
Permitiu-se demonstrar, de novo o que sente

E ao se permitir, foi ser feliz.
Porque ele ainda era um jovem aprendiz
De poeta que vive de amor
Aprendendo a plantar flor
Onde antes só havia dor.