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quarta-feira, 26 de junho de 2019

Silêncios mudos.















Silenciar.
Com o tempo passei a silenciar
Pessoas, coisas, emoções.
Aquietei-me diante de situações,
Frustrações
E inquietações.
Silenciei
Abrandei meu ser em quietudes
Mudas.
Fui deixando de ser
E o brado do meu viver
Era apenas um silêncio mudo.
Silenciei tanto
Por tanto tempo
Que as palavras entaladas na garganta
Afogaram-me
E morri com tudo aquilo que não disse
De tanto silenciar-me
Silenciaram-me

sexta-feira, 10 de maio de 2019

Marionetes






















Eles vão se partindo
Todos os sonhos e planos
Os meus passos se tornam perdidos
E de repente
Eu que era tão cheio de certezas
Nem ao certo me reconheço.
A vida virou um palco
E uma dança de bonecos rotineiros
Seguem seu curso
Num espetáculo de absurdos.
Bonecos mudos
marionetes.
E no meio de tudo,
Eu não consigo distinguir
Não consigo fugir,
Reagir.
Me prendi a cordas invisíveis
Deixei escapar a liberdade
Pra viver uma triste vida
Que não me pertence...

segunda-feira, 25 de março de 2019

Erros.
















Nessa reinvenção

De ser de novo
Ainda sou o mesmo velho
Frágil e perdido
Com tudo aquilo
Que eu não consegui esquecer.
E de tanto tentar ser
Novo de novo
Já nasci velho
E fragmentado.
Revivendo do passado,
Estagnado.
Naquela loucura desenfreada
De estar,
Sem pertencer.
E permanecer
Alheio ao novo ciclo
Totalmente novo
E cercado de velhos erros conhecidos.

sábado, 23 de março de 2019

Solitário
















Tornei-me pragmático
Com todas as minhas desconstruções.
Súplicas, suplícios e tantas falas
Entrepassadas na garganta.
É alento para as desilusões.
E perdendo-se,
Foi sumindo.
A vida, a vontade, a força.
Virou flagelo.
Perdido
Sofrido
Cansado.
Abracei a solidão
E a convidei
De novo para a dança
Que já decorei os passos
E que ao longo da vida
Acostumei-me
A dançar só.

sexta-feira, 22 de março de 2019

Fantasmas






















-Das minhas dores cuido eu-
Berrei outrora pra minh'alma
Que insiste em pesar sobre meu peito
Aquela aflição
De noites sem dormir
De tantos e tantos medos
Bobos
Ou reais, tanto faz.
- Das minhas dores cuido eu-
Eu enxotei exausto ao coração
Esse velho e burro coração
Que insiste em amar
Os mesmos moinhos de vento.
As minhas dores cuidam do eu,
Que de tão amargo nem sou.
Apenas me refaço
Em uma nova história batida
Com o mesmo semblante abatido
De quem foi, foi tanto e tão pouco
Que nem é mais.
-Das minhas dores cuido...-
Será que ainda é eu
Tentando berrar ao mundo?
Ou essa voz que ecoa
E destoa de tudo
É um eco passado
Dos mesmos fantasmas de outras épocas
Que no fim
São quem cuida de mim...

sábado, 28 de julho de 2018

Questionamento

















Questiono-me
Se sou, de fato
Um afeto
Em corações;
Ou bruscas emoções
Que passam e se vão.
Sem ser
Sem existir.
Quem saiba sou aquilo que há de vir.
O fato,
É ato
Que já nem sei.
Tentei.
Lutei.
Corri tanto atrás
Tentenando ser mais
E talvez no fim,
Fui menos.


sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

A pessoa que é o poeta.

www.fhcanata.blogspot.com.br
Pessoa mentia
Quando dizia:
"O poeta é um fingidor"
Talvez a maioria não entenda nossa dor
Mas as palavras, elas entendem
E elas não mentem.
Talvez elas até sintam
Que os versos gritam
O que a voz já não fala.
E o sorriso apenas nos cala.
Para não ferir ainda mais a alma
O poeta escreve
Porque se soubesse
Ao menos cantar
Poderia concordar
Com a tal da Cássia:

"Eu sou poeta e não aprendi a amar" 






terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Hipócritas















Hipocrisia
A Apologia
Do demagogismo do ser
Faz o peito arder
de quem ainda num mundo ferrado
Faz versos um tanto descompassados
Para se sentir aliviado
Mas é um fardo
Ser poeta num tempo de banalidades
Onde a obscenidade virou casualidade
E o lado errado
Já foi implantado
E vive acomodado
Num ser que se tornou retardado.
Não se questiona nem se indaga mais
Violência, corrupção, preconceito. Tanto faz.
[Não é comigo, eles que se resolvam
Vivo minha vida, eles que se fodam]
Por essas mentes podres que não pensam direito
Que o mundo perdeu o respeito
E já nem sei se há mais jeito
Seja causa ou efeito
 A gente finge que tá tudo bem
Vai a igreja aos domingos e diz amém
Num gesto vazio que só comprova a teoria
O mundo de hoje
Enfim matou a poesia. 

sábado, 4 de novembro de 2017

Retrato mal emoldurado
























Falam-se, as inquietudes mal faladas
Num jogo de palavras
Desprovido de memória.
Antes apego, hoje história.
E fica-se no gosto da lembrança penuriosa
Como numa tarde chuvosa,
A sensação de frio.
E o vazio.
Onde antes bombeava as artérias
Hoje é só misérias
Em falsos relatos
E nem os retratos
Ficaram intactos.
Todos posto pra fora
Como se quem chora
Fosse o motivo do choro alheio.
E o poeta então, fica só em seu devaneio
Já que das fotos, não sobraram nem molduras
Ele faz poesias duras
Falando às vezes de amarguras
Que carrega no próprio peito.
Aprendeu que suas palavras tem efeito
E que sua poesia sem jeito
É a única a confiar nele, depois de tanto ter errado.
E antes ser um poeta fracassado
Do que nunca ter tentado
E ser só mais um retrato mal emoldurado. 

terça-feira, 10 de outubro de 2017

Paradoxos Próprios



















Dos complexos paradoxais
Das crises existenciais
Fundamentalismo barato
Sentimento abstrato

Retrata-se o desequilibrado
Deixando arestas dos erros passados
E o contraste do contexto
Já não é mais válido como pretexto

Vê-se às margens da inquietude
Tem lá seus medos de que tudo mude
Mas é fato consumado sua intensidade
E nada nem ninguém mudara sua identidade

Olha-se no íntimo do ser-ou-não-ser
E chega ao ponto de sentir o coração doer
Por ser tantos "eus" num só corpo
Coabitando na mente de um louco

Mas chega a conclusão de que é assim
"Queres eu que todos gostem de mim?"
NÃO. Em alto e bom som pra todo mundo ouvir
Ele é no fundo, só mais um dentre tantos...
...tentando existir.

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

A sombra do mundo

(Texto escrito em 2009)

















O mundo é um abismo.Um abismo imundo e insano onde os suicidas se jogam um a um cabeças abaixo.
Não precisamos tanto assim de sinceridade. Até porque a maioria delas só mostram um lado de duas opiniões E no fundo, sinceridade demais machuca.

Um belo dia desses eu vou acordar e o mundo inteiro estará mudo. E então as opiniões deles não significará mais nada para mim e para mais ninguém.
A vida na verdade é bem mais simples de se viver, se você souber lidar com ela. O fato é que nós fazemos a enorme questão de dificultá-la. Nós a complicamos de tal forma que por inúmeras vezes fica tão difícil continuar única e exclusivamente pelos caminhos que trilhamos em nossas mentes.
No fundo, tenho pena de minha sombra que não pode escolher seu próprio destino

Mas a grande verdade dessa vida é que todos nós somos iguais as nossas sombras. Vivemos dominados pelo mundo e por nossos medos. E são eles quem controlam nossos caminhos e muitas vezes trilham nosso futuro.

No fundo, nós somos a sombra do mundo. 

domingo, 20 de agosto de 2017

Uma verdade sobre mim

Ganhei carinhosamente o apelido de Sherlock por uma amiga: Elisangela
E inquestionavelmente há uma semelhança entre nós, descrita nessa frase do seriado: Sherlock :

SEMPRE SOBREVIVO ÀS QUEDAS.




quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Ansiedades















Às vezes o peso do mundo
Parece profundo
E nos afunda num mar
De inúmeras inseguranças
E um medo ímpar
De antigas lembranças
A vida é um eco sem fim
Que ecoa dentro de mim
Tudo aquilo que eu sinto
E às vezes eu minto
Que tudo está certo
Quando a ânsia dentro do peito
Desata a chorar
Talvez por não saber amar
Ou talvez por amar demais
No fim tanto faz
Porque dos meus erros cuido eu
E só eu sei o quanto me doeu
Aprender a viver sozinho
Mas eu ainda sigo meu caminho
Com apenas uma certeza absoluta:
Tudo muda...