segunda-feira, 31 de julho de 2017

Poesia em Imagem


Poesia Urbana

O sub verso
Da poesia urbana
Atravessa as entranhas
E transbordam pelos muros
Esvaiam-se pelos mundos
E inundam os poros
Até o interior da alma
Onde a palavra cala
E consente
O subconsciente
Dos sub versos
Ainda inexistentes... 

Caminhos do Amor
























Quando a vida passa
Sem pressa
E leva a calma
E um pouco da alma
Faz morada
Em outros cantos
Em outros tantos
Coabitam-se sonhos
Planos e inquietudes
E que alguma delas mude
Aquilo que a gente sente
E que às vezes mente
Que não sente
Por medo de sentir
Que o tempo mude também
E nos faça sorrir
Com um belo dia de sol
Que haja luz no farol
Pra iluminar os navegantes
E os amantes
A beira mar
E que tudo volte a ser
Como era antes da tempestade
Quando havia claridade
E se via de verdade
Todos os caminhos do amor...

domingo, 30 de julho de 2017

Poetas e Marinheiros

















Do outro lado do rio
Faz frio
E não cantam os pássaros
Só se conta os passos
Do outro lado do mar
Há alguém que não sabe sonhar
Mas imagina um mundo de cores
E vive seus pesos e dores.
No oceano há lágrimas
Mas do céu caem chuvas de dádivas
Que lavam a alma em pranto
E o marujo arrisca um canto
De outra época além do tempo
Uma canção levada pelo vento
Que fala de antigos dilemas
E recita velhos poemas
De Camões.
E os corações
Dos Poetas e Marinheiros
Se somam por inteiros
Num mar infinito
Que é a vida dos aflitos...

Versos Frágeis
























As inconsistências
E inquietudes
Que carregamos na alma
Nos tira a calma
E nos confundem
Fundem-se
As ideias do que não convém
E nos detém
De quem de fato somos
Somos a soma do que fomos
Com tudo aquilo que vamos ser
Cabe a nós crescer
Ou não
Mas aceite o que diz a razão
E concilie isso ao que sente o coração
Seja indulgente
Seja convalescente
Enfrente!
A si mesmo e seus defeitos
Viva quem você é sem preconceitos
Seja justo
A qualquer custo
Meça o peso dos seus sonhos
E lute pelo seu futuro
E que ele seja mais seguro
Que esses versos frágeis... 

sábado, 29 de julho de 2017

Poesia em Imagem


Poesia em imagem

Dedicada à Caroline

Percurso
















Há dois pesos
Dois lados
E alguns medos.
Há inquietudes
Incerteza
E até descrença.
Há de vir com firmeza
Sem fraqueza
Nem peso na consciência.
Viva-se na essência.
Do parecer do que é.
E se não for
Não será por falta de amor
Mas deixará dor
E um pouco de saudade.
Porque seja como é
Foi de verdade.
E o peito anseia um afago.
Pra deixar o dia menos amargo
E um pouco de café forte.
Não basta contar com a sorte
É preciso ter fé.
E acreditar na esperança
Nunca perca as lembranças
E nem deixe de ser um pouco criança.
E levar a vida com graça.
Porque ela passa.
E passa rápido demais...

sexta-feira, 28 de julho de 2017

Versos Inquietos
























A vida que é leve como um sopro
Voa sempre solta como nuvem no céu.
E o coração que pulsa firme no peito
É quase feito de pedaços de papel.

O que na vida não vale
É se acovardar diante dos momentos
Ignorar o que manda o coração
E não ouvir seus próprios pensamentos.

Vivenciamos nossas desventuras
Em conflitos com nossos corações.
Deixamos anseios no peito
Que mascaram bem nossas emoções.

Buscamos viver livre do medo
Ainda que em segredo
Façamos versos inquietos.

Espalhamos a própria poesia
Onde habita dia a dia
Nossos pequenos desafetos.


quinta-feira, 27 de julho de 2017

Soneto da Solidão















Como o caos na escuridão
É sombra no meu coração
Que está vago de sentimento
Mas lotado de pensamento.

Como o caos na escuridão
Aqui dentro habita a solidão
De quem por um momento
Jogou seu amor ao vento.

E nas inabaláveis palavras
Meus anseios fazem morada
Sem desatino ou conceito.

Eu trago as marcas do passado
Num coração despedaçado
Que ainda pulsa no meu peito. 

Poesia do Solo















O chão é frio e intangível
O medo é constante e piegas.
Mas a vida é um ensinamento
Uma linha de pensamento
Que diz
Que devemos ser feliz
E que somos aprendizes
Nessa dança
Que balança
A alma e o coração.
Que nem todo canto tem refrão
E nem toda poesia tem rima,
Só serve pra a autoestima
Melhorar com as palavras
Mal faladas ou rimadas.
Que entrem pelo ouvido
E chegue ao coração
Pra simplesmente levantar
Quem a muito esteve no chão.

quarta-feira, 26 de julho de 2017

Rumo do vento
















O medo de não tentar
O esquivar dos desafios
os desatinos que nos impedem
São os nós dos nossos fios.

O presságio do que não foi
Antecipa o medo do que não é
O egoísmo que atrapalha
Só não abala quem ainda tem fé.

E os eixos que se encaixam
E sem demagogia se desfaz
E segue em processo lento.

A descrença dos que "desacham" 
Não contempla, muito menos satisfaz.
Quem segue a vida ao rumo do vento.  

Existencialismo


















O reflexo do que vejo
É do tamanho do descompasso que sinto
E o sentimento é um misto
De existencialismo e abstrato.
Absorto.
Vivo solto
Leve ao vento
Todo tipo de pensamento
E a infimidade dos fatos
São sobrepostos aos atos
E são falhos.
Os pensamentos alheios
Perdidos entre seus próprios devaneios
Divagam.
Divergem.
E se perdem,
Numa viagem sem volta. 

terça-feira, 25 de julho de 2017

Palavras Atropeladas



















O labirinto assintomático
Da poesia escrita às pressas
É que fica tudo amontoado
Destoando-se de tudo
E os versos ficam mudos
Numa mudança de cores e sons
Poesia nova, com traços de velhos tons.
Renascida ao acaso, da caneta do poeta
Transformam as folhas brancas em poesia completa.
E compete aos fatos
Aos boatos
E afins,
Os silêncios sem fim
De quem não dança, mas não quer atrapalhar
As palavras que agora se põe a dançar
Sob folhas de papel em branco
Que agora já não chora mais aos prantos
Por serem agora, parte de uma coisa maior.
Serem um pedaço de amor
Transformadas
Num punhado de palavras atropeladas.

Mensagem


















Libertado dos meus velhos erros
Inventando novos recomeços
Vivendo um dia de cada vez
Inspirando poesia
Apreciando a melodia da vida

Saudades, eu tenho tantas.
Ainda vivo cheio de lembranças
Não vividas no tempo certo
Todavia tenho meus acertos
Ocorridos entre tantos tropeços
Sobre tudo, sobre quem eu sou.

Eu vivo mil vidas.
Uivando pelas noites como um lobo.

Tenho em mim a coragem e o medo bobo
E ainda assim me levanto sempre.

Amo o presente.
Mesmo com o passado amargo,
O amanhã ainda não me pertence. 

Sobrevivendo a Queda






















Quando eu me achei mais forte, eu caí.
Fui ao íntimo do meu ser
E imaginei não ser
Capaz de sobreviver
No alto do meu ego eu dancei com a morte
E contei com a sorte
Pra não fazer a travessia.
E hoje, transcrevo a dor em poesia.
E faço verso com minhas percas.
Perdi meus amores.
E colecionei novas dores
Quebrei um pedaço do meu coração
E senti o drama de acordar no chão.
Uma parte de mim se perdeu.
Mas a que sobreviveu
Vai seguir em frente.
Vai aprender de novo a ser gente.
Vai levantar a cabeça
Sem que eu me esqueça
Dos erros cometidos
E os corações partidos
O que mais me importa agora,
É deixar a dor pra outrora.
E ver o outro lado da moeda.
Eu sou um poeta
Sobrevivendo a mais uma outra queda. 

Desafeto dos Contentos



















Dos opostos que se compõem
Fazem prosa a poesia reversa
Que versa consigo mesma
As inquietudes que escondem.
Entre palavras mansas
E pensamento indulgente,
Poesia pulsa.
Cruza a alma.
Nos tira o sono.
E na insônia do pensamento
Deixa o vento
Levar a alma em transe.
E o corpo que viaja,
Já não é mais constante
Mas sim protagonista
Da vida.
Do artista.
Que cria no seu grito,
Seu próprio atrito
Que anseia no peito
E o desafeto dos contentos
É o contratempo
Que já não é.
A poesia sem rima
É um paradigma,
Que nos diz um paradoxo:

D E C I F R A - M E. 

Sobre minha escrita

Eu detesto errar uma letra
Uma palavra ou simples frase.
Mas a poesia no meu peito tem pressa
E não espera a consulta ao dicionário.
Meu texto é dessincronizado.
E intradutível.
Porque se fosse marca branda
Num papel qualquer,
Sem erro e sem pressa,
Não seria eu.
Minha poesia
Minha escrita,
É o reflexo do que eu sou.

segunda-feira, 24 de julho de 2017

Poemas Problemáticos
















A arte poética,
Dos poemas problemáticos,
Mal fadados ao fundamento
De suas lógicas e inquietudes
É arte errante
Que pulsa destoante
Num mundo confuso.
Ainda as pressas,
Deixam presas as arestas
Suas áreas inabitáveis
Onde a fala é mansa
E o grito não ecoa constante
Mas volta dessoante
E sem emitir nenhum sinal.
Quando volta, volta por igual.
Inigualável.
Inabalável.
E inconsistente.
Poesia é erro permanente

Tatuado no peito do poeta.