segunda-feira, 30 de abril de 2012

Destinatário




















Fechou-se a porta das antigas inquietudes
E num mar de mesmice mergulhou os pedaços de si
Relutante contra o próprio pensar retórico
Viveu amores , de outras épocas,  lembrando de ti.

E esqueceu-se dos passos seguidos sem direções
Como quem perde a própria razão, se viu sozinho
De escolhas desfeitas entremeados da própria sorte
Viu sorrisos seus em algum lugar de seu caminho

E dos poemas de falanges soltas no coração
Aquietou-se em silêncios desproporcionais
Guardando em si, todo amor que um dia foi teu.

Um poeta de inverdades sem razão
Que gritou aos quatro ventos até não poder mais
Que este amor, já não poderia ser só meu.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Amores assim chamados - Devaneios


















Instintivamente recuei sentimentos
Por não ter certeza alguma sobre o amor
E iniciei em silêncio, diálogos quietos
Entre o ego, e seja lá quem for.

Acreditei na capacidade de amar
Das pessoas incrédulas pelo caminho
Que por algum motivo insólito
Não acreditavam ser possível amar sozinho

E ainda tenho em mim a convicção
Que existem amores inquietos
Em silêncios alheios

E mesmo o mais incerto coração
Carrega no fundo do peito
Amores assim chamados - Devaneios-






***

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Pare o vicio antes que o vicio te pare!













Este texto (Originalmente a letra de um RAP) foi criado pela minha amiga Amanda do Blog Um Blog Nada Mais e por mim, numa conversa pelo Facebook. Fizemos essa letra em Parceria, com o objetivo de demonstrar a banalidade com que as drogas vem sendo tratadas. Sem mais demoras, vamos então ao Rap, digo, ao Texto:




Virou normal,
É ... Banalizou!
O mundo...
Pirou!
Em cada esquina,
Em cada canto,
Eu vejo gente cada vez mais se acabando
Elas não escolhem ninguém,
São as pessoas que as escolhem
e elas dominam sem olhar a quem...
Inconsequentes ou desinformadas,
Todas acabam do mesmo jeito : viciadas
Na vida a gente tem que escolher...
Se quer ir ou ficar
Qual vai ser?

Pare o vício antes que o vício te pare 2x

E o desespero da alma- humana -
Que vai queimando em fumaça branca
- mundana-
Queima. Queima instinto, neurônio, lembrança
Transforma em monstro, até a pobre criança
E de beco em beco, eu me pergunto, até quando isso vai continuar?
Até quando você vai deixar a droga te dominar?

Pare o vício antes que o vício te pare 2X

Pra tudo na vida existe saída,
Percorra seu caminho e seja forte...
Só não tem jeito pra morte!
Vai destruindo,
Vai corrompendo...
E cada vez mais pessoas por isso morrendo.
Pense na história que ainda pode ser vivida.
Pense no choro do filho.
Da mãe, da família.
Deixe de lado seu egoísmo, e salve sua vida
Antes que seja lembrado apenas como mais um suicida
Destrói lares,
Vidas e corações...
E nessa brincadeira já são milhões

Pare o vício antes que o vício de pare 2x

Vai te sugando...
Te enlouquecendo...
E tudo o que  é importante,
Você vai esquecendo..
E aquela sua liberdade
Você já nem acredita que era de verdade.
Acredite na força da vida que existe em você
Não deixe que as drogas te impeçam de vencer

Pare o vício antes que o vício te pare 2x

Independentemente da sua raça, do seu sexo e da sua cor...
Você se torna dependente,
Dessa perigosa e alucinante dor...
E lá no fundo você sabe que é errado...
Mas não se importa, afinal,
Isso é irado
Você se torna tão dependente que nem sente...
E isso é deprimente
E vai gostando dessa alucinação...
Criando uma certa obsessão
Já não percebe que isso tudo é ilusão

Pare o vício antes que o vício te pare 2x

Seus 15 minutos de glória e euforia
Levam sua vida , qualquer dia
E quando o efeito dessa droga cessa
A mente enfim se estressa
Criando o inferno em você
Te fazendo querer morrer,
Então você,
Indignado e estressado
Mais uma vez se livra disso drogado

Pare o vício antes que o vício te pare 2x

O mundo por si só já é muito triste
Veja quanta coisa errada nele existe
É hora de levantar, deixar o vício na sarjeta e dar a volta por cima
Levar os erros como aprendizado e não olhar pro passado que foi sua amarga sina
Cada um constrói a sua felicidade
Seja o escritor da sua liberdade
Você quer, você pode e você consegue...
O efeito passa e a vida segue.
Erga a cabeça e vamos nessa
Já passou da hora de você sair dessa.

Pare o vício antes que o vício te pare... 4x


sexta-feira, 20 de abril de 2012

Temperanças despropositais






















Resetei formas antigas de pensar
Pelo fato de elas me faltarem o respeito
Com a própria expressão literal
Que obviamente, nunca foi minha por direito.

Busquei a espiritualidade das palavras
Dedicando amor incondicional
Libertando todo sentimento
Amando cada momento por igual

Vivi paradigmas intensos
Acreditando ser impenetrável
Mas eis que no íntimo da alma
Todo ser é vulnerável.

E dos meus sórdidos erros
Fiz aprendizado consciente
E aos poucos, fui me levantando
Para viver o que ainda há pela frente





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quinta-feira, 19 de abril de 2012

Monólogo das Letras Inquietas

















Recrio histórias passageiras
De quem as inventa sem devaneios
E de anseios em anseios
Faço meu os espelhos poéticos que refletem Minh ‘alma
Se o pensar me alivia a alma,
Então o existir é prazer que não se acaba?
Mas ainda assim, sou um poeta de silêncios
De inquietudes flácidas
Um coração que respira letras
E pulso, que pulsa palavras ainda não escritas.
Durante noites em claro, criei monólogos
Para que minha loucura se esquivasse
Dos paradigmas e prepotências ainda vivas em mim
E fizessem um acordo com as letras sem nexo,
De algumas folhas em branco.
Num comum acordo de sentimentos
Despi o orgulho, e entreguei-me.
Mesmo sem ter certeza alguma.
Aliás, certeza eu tinha uma
A certeza de que mesmo que tudo não fosse um sonho estranho,
Amanhã minha escrita levantaria mais branda
Menos eufórica e um tanto mais vistosa.
Apesar de que agora, tanto faz.
A caneta aprendeu a escrever para si mesma
Ignorando alguns amores passados
De um poeta um tanto vazio,
Que ensinou as letras, como elas devem nascer sozinhas
Dentro da alma que habitam...


***

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Limiar
















Eu fechei as portas do tempo
Esquecendo-me de antigos sofrimentos
E segui em frente
Mesmo com o pensamento ausente.

[ E havia chuva lá fora
 Lágrimas de outrora]

Repensei em pensamentos bons.
Que fizessem de poemas velhos, novos sons
E ouvindo versos cantados
Eu imaginaria amores passados

[E havia chuva lá fora
O poeta sorria sozinho agora]

Talvez eu não pudesse esquecer
De todo esse amor incontido em meu viver
Porque pelo que dizem, amor é eterno
Mesmo quando acaba, todo amor é fraterno

[E havia chuva lá fora
Mas nem todo sentimento havia ido embora]

domingo, 15 de abril de 2012

Desconversa






















Futuramente eu quero lembrar  de tudo o que não sou
E ser assim, tão diferente .
Vivendo vidas que vão muito além dessa.
Ou quem sabe, continuar apenas seguindo em frente.

E lembrar de quantas vezes gritei diante do espelho
Por ver ali, alguém que desconheço
Sobrepondo máscaras de silêncio
Escondendo os esboços do recomeço.

E lembrai-me uma vez mais
Que este não é o meu tempo
E que todo o tempo é passado.

Porque o que fui, tanto faz.
Arrisco-me nos passos do contratempo
E talvez, nenhum destino me seja findado.