quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Incompreensível


















Falava sobre devaneios
Escrevia algo desvairado
Trazia no peito seus anseios
E letra a letra, sofria calado

Poeta que outrora fazia versos com graça
Hoje pousa a caneta em traços leves
E a folha que queima feito brasa
Já não sabe fazer poemas breves.

E a vida, alheia segue seu rumo
É contraventora de seu querer
Poeta é ser errante
Que erra quase sempre sem saber

Já é fato consumado
Que carrega sempre em seu peito o afago
E uma tempestuosa inquietude
Todo poeta, tem medo que nada mude

E escrevendo expressa o que sente
Um poeta nunca mente
Sobre aquilo que vê e crê.
E no fim sua poesia é apenas ele tentando sobreviver.


sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

A pessoa que é o poeta.

www.fhcanata.blogspot.com.br
Pessoa mentia
Quando dizia:
"O poeta é um fingidor"
Talvez a maioria não entenda nossa dor
Mas as palavras, elas entendem
E elas não mentem.
Talvez elas até sintam
Que os versos gritam
O que a voz já não fala.
E o sorriso apenas nos cala.
Para não ferir ainda mais a alma
O poeta escreve
Porque se soubesse
Ao menos cantar
Poderia concordar
Com a tal da Cássia:

"Eu sou poeta e não aprendi a amar" 






sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Renovando-se














Houve um silêncio
Que outrora fora puro anseio
E o que antes era quieto
Tornou-se um incerto devaneio

E de escritos pendentes
Foi-se fazendo indulgente
Até ser de novo o inesperado
Sem apego amargo ao passado

Fez então cotidiano
E foi continuando
Reinventando-se

No emaranhado de sentimentos
Pousou seus próprios pensamentos
Renovando-se...