segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Notas, sobre o que vem depois...

Amar não dói. Perder um amor é que dói.  E sim, isso dói muito.  Lá no fundo, num lugar onde a gente nem sequer poderia imaginar que pudesse doer.
Mas mesmo se eu soubesse que iria doer tanto vê-la partir, eu a amaria mil vezes de novo. Porque essa dor, essa dor também me faz lembrar que nós tivemos bons momentos. Que nós, vivemos uma história linda, mas que acabou.

Eu vou chorar essa noite toda.
E vou chorar na próxima
E na próxima.
Até que essa dor vá aos poucos cicatrizando.
Não, ela também não desaparecerá.  Ficará ali, gravada em mim e vez ou outra vou me permitir chorar por ela. Porque essa história de que homem não chora, não é verdade. Alguns, menos que outros. Alguns às escondidas. Mas eles choram, nem sempre pelo mesmo motivo, nem sempre se permitem, mas todo homem, mais cedo ou mais tarde, vai chorar.
E depois disso, eu vou viver.
Porque no fim das contas, os dias que fui feliz com ela, serão sempre o meu alicerce pra enfrentar um dia após o outro. Mas quando se perde o amor da sua vida, é sempre necessário ter cautela pra não confundir, relembrar com reviver.  O que passou, passou.
E é exatamente por ter passado, que eu vou chorar.
Ninguém sabe ao certo quanto tempo leva pra superar. Porque amor é algo que não pode ser fracionado, medido ou equacionado. Cada amor tem um peso diferente. Uma medida diferente.
Mas se você passar por isso e quiser um conselho, só posso te dar um:
Não se martirize pelos erros. Aprenda com eles a ser uma pessoa melhor e guarde sempre na lembrança, tudo de bom que viveu ao lado desse amor. Outros podem surgir, mas ela será sempre a única.
Solidão e sofrimento, não são a mesma coisa.
Há vida além de um grande amor.
Também há saudade.

E sempre, sempre e sempre, haverá amor...

domingo, 8 de novembro de 2015

Voltando aos Escritos Desvairados.

E de repente, a vida nos vira do avesso.
E não, ao contrário do que dizem, não descobri que o avesso é o meu lado certo.
Na verdade, foi mais como acordar de um sonho. Perceber que, a vida, esse velha anciã, ainda usa o mesmo argumento frágil pra me fazer poeta: saudade e solidão.
E de repente, eu me vejo agarrado a lembranças, agarrado a momentos, que me trazem uma felicidade ilusória de um tempo em que eu era feliz.
E cá estou eu, de volta ao começo de tudo.
Quando fazia desse blog, meu diário subentendido dos meus desamores.
E aquela música de Cássia Eller, fica ecoando e ecoando e ecoando...


“eu sou poeta e não aprendi a amar”

sábado, 7 de novembro de 2015

Sobre o idiota que eu fui



















Perdi. Sofri e chorei
Pelas vezes que não amei
e mais:
Pelo pranto que causei
Em quem me amou.
Em quem me fez o que eu sou
E que jamais serei.
Pelas vezes que sorri
Ainda ousei te pedir
que ficasse.
Que passasse
Toda tempestade.
E que que ficasse a vontade
De me ter e eu te ter pra sempre.

Mas Cássia já cantava
Que o pra sempre,
Sempre acaba.
E eu Chorei, sofri e te perdi
Sem dizer o quanto te amava...


terça-feira, 8 de setembro de 2015

Filhos do papelão




















Filhos do papelão
entregues a solidão
Precipício, luz, abismo.
E nós, que não temos nada com isso
Habitamos
coexistimos.
em recesso.
Em excesso de vaidade.
E a verdade, figurada.
Fulgurada, em luz há de vir.
Dissolve-se.
A piedade fechou os olhos e foi dormir... 

sábado, 5 de setembro de 2015

Anotações II

O mundo passa.
Sem pressa alguma.
Refaz-se às pressas
E mostra suas presas.
Aos poucos.
Aos loucos.
Aos tantos outros.
E o reverso do avesso,
É o lado certo
Certo que, sobretudo,
Sobre todos,
Estamos sós.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Anotações




















Tempo
Contratempo inventado.
Repensado e consciente.
E a mente, plana, vaga
Dialoga com seus paradigmas,
suas rimas destoantes.
Distantes.
Ausentes.
E só.
Porque sozinhas fazem verso.
E vice-versa.
Valsa a vida.
Que coabita no peito do poeta
E Há quem diga que é abstrato.
O jeito que trata sua poesia.
Quem diria, que por um dia,
fosse ela e não ele
A inspirar-se e
Reinventar-se
na própria solidão.



domingo, 5 de julho de 2015

Voltando a falar sobre o amor...

Imagem: Do filme - Amor Pleno (2013)
Amar. Não, não é tarefa simples. Tarefa que a gente aprende por obrigação e repetição como a tabuada na época da escola, muito menos uma coisa que a gente possa decidir quando onde e quem quer amar, do tipo hoje às seis e meia da tarde vou amar a Josefina e pronto. Amar exige mais do que isso. Exige um entendimento da alma. De despir o ego e banhar-se no outro como um mergulhador que não tem medo das profundezas do oceano. Amar é antes de tudo isso tudo ao mesmo tempo: Respeito ao outro, carinho ao outro, dedicação ao outro e ao mesmo tempo independência sobre o outro e sobre si mesmo.

Descobre-se que se ama, quando até os defeitos do outro não lhe são adverso aos olhos. Quando você aprende a suportar coisas que não suportaria, se não houvesse amor. Quando você aprende a respeitar as decisões, as opiniões, as inquietudes ou falácias do outro.  E principalmente, sabe-se que é amor, quando mais do que somar, os dois aprendem a multiplicar suas alegrias juntos. Quando um completa o outro no sentido mais completo, de corpo alma e coração.
Felizes os que conseguem encontrar sem buscar.Porque não é a busca quem traz o amor verdadeiro, é o acaso\destino que faz este sentimento tão uníssono e completo.Feliz  quem conseguem de fato, amar sem medo, receio ou descontento. Quem apenas ama por completo.
E a todos os outros que ainda não encontraram: Não parem de acreditar que é possível. Porque se fosse fácil, amar não valeria a pena. E Acredite, vale. Por mais difícil que seja, quando se ama de verdade, nossa vida ganha realmente um propósito válido todos os dias e que se renova a cada minuto. Amar é essencial pra se viver bem. E só vive bem, quem vive no amor...

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Monólogo I: Dos desatinos ao meu contento


















Cansado
Das coisas
Das pessoas
De mim mesmo.
Dos desatinos
Desalinhos e desacertos
Inveracidade
Efemeridade
Casualidade
Toda pena é uma pluma.
Que afunda
No revés da própria sorte.
E consente
Consciente
Que o erro
Acontece
Entristece
Padece
Na alma
E depois voa
Destoa
E desencanta.
Em outro canto.
Onde a solidão
Dar-m-ei as mãos,
E me faz chá de hortelã.



quinta-feira, 19 de março de 2015

Hierarquia


















Cumpre a regra.
Rega a flor.
E Floreia-se.
Regressa à alma,
Ama a calma
E despenteia-se
Ao acordar
-Acordo assinado-
Analisando os fonemas,
No telefone a voz ecoa
E voa
Livre
Leve
Leve-me
Onde eu exista.
E não seja pessimista
Nem tenha medo da chuva.
E que chova sentimentos,
Que eu viva os momentos
Sem me preocupar com essa anarquia
E deixe de me importar com essa hierarquia
De quem ditas as regras

Que eu cumpro docemente...

Retórica.


Vida
que pesa, que pulsa.
que valsa sem dançar.
Vira criança
Some da vista
e vai ser
vida
Aqui, ali em todo lugar... 

sábado, 7 de fevereiro de 2015

De todos os amores que amei...




De todos os amores que eu amei, eu nunca imaginei que a vida fosse me dar de presente você. De todas as loucuras que eu já fiz, nunca pensei alguém mais maluca pudesse me aparecer, e me mostrar que a vida pode ser insana e bela, em todos os momentos. 

De todas as meras paixões, que meu peito poético me causou suspiros carregados de ardor, nunca, nem sequer imaginei, que você fosse me fazer suspirar mais do que ardor, me fazendo suspirar amor, amor em todas as formas e destilados conteúdos.

De todos os corpos que eu toquei, nenhum deles me tocou tão fundo e tão na alma, como o seu, e nenhum toque me foi tão suave, como o toque das suas mãos, num pulsar infinito de delicadeza e sutileza que me embriagou.

De todos os olhares que eu vi, nenhum deles teve a força resplandecente de uma manhã de domingo e ao mesmo tempo a voracidade de um furacão numa noite de tormenta, como os seus tiveram ao cruzar os meus.

De todos os sussurros que eu gemi, nenhum deles me trouxe tanta paz quanto os que, naquela noite demos juntos, deixando alheio o mundo aos nossos pés, esquecendo-nos  de nós mesmos e testemunhando o jamais imaginável dia em que o tempo parou pra nos ver amando.

De todos os momentos que eu vivi, os que mais me causam saudade e alegria por tê-los vivido, foi ao seu lado, e desesperadamente me peço todos os dias que eu ainda tenha muitos e muitos momentos desses pra viver contigo.


Porque, de todos os amores que amei, só com você, foi realmente amor. E hoje, eu sei que isso é tudo o que me importa pra ser feliz.

[...Este texto, é dedicado, pra aquela moça do sorriso sincero, que chegou pra me mostrar cada dia mais que cada dia ao lado dela, é um presente de deus, vindo pra me destrancar a alma e me permitir ser feliz outra vez...]