domingo, 17 de novembro de 2019

Aceite a sua mágoa


Todo mundo guarda mágoa de um momento, de algo ou alguém. Não importa se você é 'Good Vibes', 'Positividade', 'Hare Krishna', 'Deus é amor' ou da 'Ordem Franciscana'. Pare de se enganar achando que não, e entenda que, é normal sentir isso. Ninguém escapa dessa vida sem algo que nos magoe, que nos decepcione e que nos deixe triste. As emoções humanas nos tornam exatamente isso: Humanos.

Mas o que eu posso te dizer é que você deve aceitar a sua mágoa para libertar-se dela. Não engula sua mágoa ou a deixe numa caixa empoeirada em cima do guarda-roupa da memória, não passe por ela todos os dias e finja que ela não existe, não a ignore como você faz com as correntes que recebe no whatsapp.

Não tenha medo de tocar na sua mágoa. De dizer: Isso me magoou. Você me magoou. De encará-la frente-a-frente. Aceite a sua mágoa. Um dicionário define aceitar como dar “consentimento em receber”. Concorde em receber as suas emoções. Mesmo que lhe pareça absurdo no momento, aceite as emoções em seu corpo assim como você aceitaria em sua casa um visitante inesperado ou desconhecido ou uma dor incômoda. Substitua seu medo, raiva e rejeição por aceitação. Não lute contra as emoções. Resistindo você estará prolongando e intensificando o seu desconforto. Ao invés disso, flua com elas.

Perceba que, ao lidar com aquilo que você sente, você aprende a entender a si próprio. E entendendo você, talvez não encontre a paz absoluta, mas certamente se libertará de sentimentos maus, camuflados de "já perdoei" "já passou" "não ligo pra isso".  E aí meu caro, estará de fato pronto para seguir o teu caminho sem aquela sensaçãozinha de pedra no sapato que nos incomoda na alma.

Então, você estará pronto para seguir o seu caminho, por entender que a vida é fluída como um rio. E represar as águas passadas desse imenso rio dentro de nós, sempre acabará transbordando mais cedo ou mais tarde. O melhor é deixar correr e que as águas mais límpidas (sentimentos bons) faça brotar a vida abundante que há em nós, apesar de toda mágoa que por ventura, em outrora sofremos. 

sexta-feira, 1 de novembro de 2019

Efemeridades













Tenho me perguntado sobre o tempo.
Se é ele quem passa tão as pressas,
Ou se sou eu que já não valseio 
Com ele em meus devaneios.

Houve um tempo 
Que eu pensei ter todo o tempo
Só pra mim
E assim me  imaginei
Vivendo todos os sonhos que sonhei.

Mas o tempo não espera.
Como Cazuza já disse,
O tempo não para 
O tempo não cura e nem sara
todas as feridas.
Ele apenas... passa.

Somos efêmeros. 
Breve instantes.
Que num tempo, existe
e noutro não existe mais.

Tenho me perguntado sobre o tempo,
Mas o tempo não perguntou sobre mim.
Ele apenas passou.
E o que ficou,
Foi a certeza de que, 
Ainda há tempo 
Sempre há
O tempo 
Que não passou, mas que passará...