quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Fechado pra Balanço

É hora de fechar as contas de 2013. Não, este não foi um bom ano. Perdi pessoas, algumas perdi para sempre na incompreensão da morte, outras apenas decidiram que não era mais importante me ter em suas vidas. Ah, sim meu caro, 2013 foi um daqueles anos que tinha tudo pra dar errado. E deu. Mas no fechamento das contas no final de ano, é claro que, se somadas, as alegrias ainda foram em maior número que as tristezas, porque não importa o quão difícil seja suas decisões, não importa o quanto o mundo esteja corrompido com o ódio, no final o amor sempre vence.
Tivemos tempestades. Muitas. Mas também há que se lembrar de todos os dias de sol.
Perdemos alguns amores, perdemos algumas noites de sono. Perdemos o prazo de algumas prestações. Mas superamos, com muito trabalho e amor próprio.
Escrevi menos poesias. Vivi menos do que devia. Sorri menos.
Vivi dias que você não gostaria de saber, e talvez por saber disso, toda vez que me perguntaram se eu estava bem, a resposta falsa era Sim.
Mas eu cresci em 2013. Mais do que já havia crescido nos seus anos seguintes. Fui afastando sonhos impossíveis. Firmando o pé no chão e sendo de fato, homem.
Em 2013 eu bebi mais do que devia.
Na verdade, não me lembro de nenhum dia que não tenha bebido.
Não foi a forma mais corajosa que escolhi para esquecer as decepções, admito.
Mas não se pode acreditar em um escritor que vive sóbrio.
No fim das contas, foi mais um ano de aprendizagem. Mais um ano de coisas novas. Mais um ano de vida. E chegar ao final dele, é mais uma prova de superação interior.
E por falar em interior, foi mais um ano de solidão.
Mais um ano.


E este poeta, queria desejar de coração um Feliz Natal e Feliz Ano Novo a todos que por aqui passaram., vocês foram muito importantes para que não desistisse do blog. Agradeço a quem esteve ao meu lado, a quem esteve junto em diversos projetos e garanto à vocês que em 2014 darei mais atenção ao blog, com postagens mais atualizadas e visitas constantes nos blogs amigos.

Enfim, tudo de bom pra vocês leitores, que são e serão sempre a melhor parte dos meus anos.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Poética Problemática das Próprias Estruturas



















Toda vida, todavia,
é Poesia.
Algumas de tristeza, outras de beleza
E umas tantas de incerteza.

Há tempos deixei de rimar sentimentos concretos.
E talvez por isso, passei a escrever versos incertos.

Mas haverá sempre outros.
Versos, vinhos, noites e rostos.
Que eu não procurei na multidão.
[Meu verso mais sincero, sempre fala de solidão]
Em poemas descompassados, sem questão de metrificação.

Porque a vida é uma bagunça nova todo dia
E por que não seria?
Se é assim também a poesia?

Cópias mal colocadas em porta-retratos
São molduras apenas.
O que não vale a pena é ter alma pequena
Que não caiba moldura de quadro
nem coração de papel picado.

O que não vale a pena meu caro, é poema mal começado.
Porque no fim, toda vida, todavia,
É poesia.