segunda-feira, 25 de julho de 2016

Lua Sem Príncipe


























As falácias que da alma ecoam
em versos tão frágeis que
às vezes até destoam
Proseiam pelo corpo descrito em rimas
finas camadas sob a pele
-Que se encerre os erros-
Ela pede.
Aos prantos
Aos tantos que passsaram
E nunca ficaram
Nunca rimaram como queria
Nunca a fizeram sentir como sentia
E no desapego do que ficou
Rimou.
Só, também aprendeu a amar
Foi ver o mar
E pedir  pra ele levar
Seu pranto
Toda a angústia que já não era sua
Linda, leve e nua
Era ela a lua
Sem seu príncipe num cavalo branco...

sábado, 9 de julho de 2016

A volta da bailarina


















Bailarina que dança sem pressa.
Tinha tristeza que carregava no olhar
São tantas as tempestades que atravessa
Que aprendeu  a andar na chuva sem se molhar.

Bailarina que sonha acordada.
Tem planos e habita dentro de si.
Bailarina recém amada
Aprendeu a olhar o mundo e apenas sorrir.

Os ventos do leste lhe trazem poesia
E do alto dos montes, ela sorria.
Feliz da vida por mais um dia.

Sem o peso do mundo a bailarina podia agora dançar.
Sentia-se livre, leve pelo ar
Porque finalmente, havia aprendido a amar.

A si mesma. 

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Catedral de Lembranças

Faço graça com os desatinos
E desato meus próprios nós.
{Do que já não somos nós}
Tão a sós
Com nossas vidas.
Que sobrevida, sobretudo,
Ainda somos os mesmos.
Insólitos com nossos medos
Procurando respostas
Onde só há perguntas.
Faço pose, aperto o passo
Ando com graça
Pela praça das memórias.
Mas aqui dentro, só eu sei
que sou do tamanho de uma cidade de desesperança
Com uma bela catedral de lembranças
Bem no meio de mim.