segunda-feira, 30 de maio de 2011

Amor de Verdade



Algumas vezes, me disseram pra desistir,
Já me disseram que eu não ia conseguir
Me pediram pra não tentar,
Pois acabaria por me decepcionar
Quiseram me convencer
Que era melhor tentar esquecer.
Acharam que eu não era capaz.
Diziam que eu era um pobre rapaz
Desiludido pela vida
Vivendo por uma lembrança perdida.
Já me disseram que você não ia voltar
Que eu deveria parar de sonhar
Que o tempo iria te levar
E a distância eu não ia suportar
Já me disseram que existia outro em meu lugar
Que você já não me amava
Que todo amor, um dia acabava
E que o que passou jamais voltava
Mais eu sempre soube que não devia desistir
Que com você eu ainda poderia sorrir
E que nosso amor jamais deixaria de existir
Por você eu vou lutar
Enquanto tiver forças pra sonhar
Mesmo se eu me decepcionar
Eu ainda tenho que tentar
E no final de tudo, se eu quebrar a cara, se eu sofrer ou chorar
Pelo menos vou saber que lutei até o fim pra te reconquistar
E vou dormir feliz, sabendo que o que eu senti, era amor de verdade
Daqueles que só acontecem uma vez...


sábado, 28 de maio de 2011

Escritos Desvairados Parte II














Entre a percepção e a razão
De versos tão devastados
Eis que ainda me encontro
Entre meus escritos desvairados

E de um limite de outrora
Jamais visto ou imaginado
De repente me reencontro
Nas lembranças do passado

Viajando entre lembranças
Muitas das quais nem existe
Me enxergo e me surpreendo
Por já não me ver tão triste.

A poesia liberta minha mente
Apagando ideias decadentes
De uma lembrança esquecida

E num novo recomeço
De letras ainda ao avesso
Redescubro minha vida

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Paris

















Eis que me vejo a olhar-te
No alto do ápice de meu sonho.
E enalteço-me diante de ti,
Talvez por tua beleza, me suponho

Do teu olhar, já nem me vejo
Não como antes me via.
Agora, só há sorrisos
Onde antes não existia

Tuas palavras, saem lentas
Assim como o som de tua voz
E onde até o tempo pára.
Existe apenas nós.

No meu reflexo,
Em teus olhos azuis
Vejo o entardecer
Desta cidade luz.

Abraçado á ti
Como num romance de livro
Imagino-me em Paris
Vivendo este amor antigo.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Escritos Desvairados Parte I
















Numa manhã estranha,
Lá estava eu a olhar o fim
E eu simplesmente não me via lá.
Ele estava além de mim.

Como num conto de fadas
Com um final invertido,
Meus castelos foram caindo
E o final feliz foi esquecido.

Caindo sobre os escombros
Da história de minha vida,
Fui mais uma vez me refazendo
De uma lembrança perdida

Numa poesia de versos vazios
Num mar de agonia sem sentido
Meus argumentos se perderam
Sem ao menos serem ouvidos.

E em algum lugar, estava a verdade.
Gravada com o fogo dos desesperados
Que me diziam coisas tão certeiras
Através de alguns escritos desvairados.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Homenagem à Fernando Pessoa


Fernando Pessoa foi muito mais do que se pode imaginar.
Além de poeta, uma pessoa, de muitas personalidades.
E um olhar discreto sobre si mesmo, como poucos podem fazer.
O pensar e lamentar de sua alma, tão fragilizada,
Imortalizando seus devaneios, em escritos desvairados.
Um homem com diferentes versões sobre si mesmo,
E uma capacidade surpreendente de transformar desilusões em poemas
Admiro-o, não só por sua Poesia, mais também por sua Pessoa.
Poucos são os que conseguem conviver com diferentes “Eus” ecoando dentro de si.
Ora Álvaro, ora Alberto, ora Ricardo. E não era apenas uma simples mudança de nomes.
Era uma metamorfose literária por completo. Exceto talvez por sua forma única de olhar
No mais íntimo de si mesmo, entre o concreto e o metafísico.
Buscar respostas em seu próprio existir, compreender as desequilibradas regras de viver,
Mesmo quando aos olhares incoerentes do mundo, não haviam perguntas, nem regras.
Há ainda que se lembrar do “Pessoa” que existe em mim. De onde vem boa parte de meus pensamentos, de minhas emoções, de meus sentimentos.
Fernando Pessoa, será sempre pra mim, uma espécie de professor, e escola de sentimentos. Um escritor que descreve a tempestade lírica de seus devaneios entre o universo exterior e seu mundo interno como nenhum outro jamais fará igual ou parecido.
Seus poemas são pra mim, o mesmo que o amor é aos apaixonados.
Este texto é uma singela homenagem ao homem que nunca conheci, e que ainda assim, conheço tão bem, ao ponto de chama-lo de amigo!
Obrigado Fernando Pessoa, e todos seus heterônimos.
Na sua Pessoa, me reconheço, me redescubro e me reinvento...

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Reabilitando-se


Onde estão as rosas
Que antes povoavam meu jardim?
Sobre escombros de um ser
Procuro os pedaços de mim.

Num terremoto de sentimento
Acabei me deixando levar.
Minhas angustias tomaram posse
De emoções que não pude controlar.

Em toda parte do caminho
Perguntava-me onde estava indo.
E sobre um teorema do caos
Meus sentimentos vieram seguindo.

Sobre marés, montanhas e algo mais
Busco certezas de que serei capaz
De recomeçar mais uma vez

Buscando forças dentro de mim
Reconciliando ideias afins
Sem dúvidas nem talvez

sábado, 21 de maio de 2011

Poesia Reversa


Numa poesia ao embalo do vento
Deixo vagar-me por completo
Apenas ouvindo o farfalhar ruidoso
Dos que passam aqui por perto.

Em passos descompassados
Buscando identidades inexistentes
Pessoas caminham sem direção
Deixando lembranças ainda ausentes.

Num som estrondoso
Que obviamente ninguém vê
Os sinos cantam longe
Anunciando sabe-se lá o que.

Com o fechar dos olhos
Todo o pensamento se cala.
E onde não há mais voz
Somente a poesia fala

Em um poema coerente
Onde a alma se faz presente
O poeta chora seus anseios

E numa poesia reversa
Todo o poeta conversa
Com seus próprios devaneios

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Recomeço


Em uma guerra de conflitos desconcertantes entre meu eu interior, me descobri, me achei, e me reinventei. Em passos lentos, fui recuperando forças para seguir em frente, e deixar de lado, algumas dores insólitas, que por diversas vezes me tiraram o chão.
                Assim como toda tempestade um dia passa, meus desassossegos também deixaram de serem tão turbulentos. Ainda que exista um certo pesar dentro de mim, já posso me sentir livre pra escrever novamente.
                E onde antes só havia melancolia, desespero e incertezas, hoje brilha como uma luz fraca de uma vela perdida no horizonte, a esperança.
                E enquanto houver esperança, lá estaremos. Lutando sempre por dias melhores.
                E acreditando sempre na maior verdade de todas: O amor sempre vence no final.
                A voz de um poeta, deve permanecer, mesmo que seu coração se inebrie com ideias torpes,  suas palavras ainda assim devem encontrar o elo de ligação entre a caneta, e a simples folha em branco.
                Novas desavenças vão surgir ao longo da caminhada, mais mesmo assim, não irei desistir. Pois ao final de tudo, tenho certeza que valerá muito a pena, pelo menos ter tentado.
                Ainda há que se agradecer aos amigos que com suas palavras amigas, sempre me ofereceram aquilo que mais preciso: Carinho. A Todos vocês, deixo meu profundo abraço solidário. Retribuirei todo esse carinho com muita poesia, palavras sinceras, e muito amor!
                Termino por hora, com a citação de uma música do Barão Vermelho: “O poeta não morreu, foi ao inferno e voltou...”

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Aos Amigos que Acompanham este Blog

Meus caros amigos, leitores deste blog, e pessoas que me vizitam aqui com frequencia, me dando palavras de incentivo e confiança. 
Eu lamento muito informar, que estou passando por uma séria crise de Depressão profunda, e não sei se todos vocês sabem, mais depressão é uma doença. E como todas as doenças, é necessário que se busque o tratamento.
E pelo motivo de meu tratamento, estarei ausente por tempo indeterminado. Sinto muito por tudo isso, este blog é minha alegria, minha paixão. E por isso, irei me dedicar em meu tratamento, para estar de volta o mais rápido o possível.

Minha vida, nunca foi fácil, mais nunca desisti de lutar pelas coisas que amo. E não será agora, que serei derrotado pelos pesos dos erros.


Caros amigos, mais uma vez, volto a pedir minhas sinceras desculpas.

Espero re-vê-los o mais breve o possível!


Pesarosamente:
Fábio Henrique Canata

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Selo 100% Intradutível



Recebi o selo Intradutível do Poeta misterioso do Blog POETAS INSANOS  este Selo é uma homenagem aos blogs  cuja originalidade não se pode copiar nem traduzir.
Como todo Selo, este aqui também tem suas regras, mais assim como o amigo que me presenteou, eu também irei quebra-las um pouquinho!

E os meus indicados são:

Biografia do Fogo

Lectando me

Preenchendo o Vazio com Palavras

Poetizando a  Minha vida

Cátia Bosso Poesias

Blog da Amanda

Arte de Poetizar

Blog da Cinha

Detalhes

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Pensamento Introspectivo



Havia um mar de mesmice
Misturado à melancolia
De palavras descompassadas
E um ar de falsa alegria.

Como num desabafo sincero
Minhas palavras fluíam
E sentimentos esparsos
Apenas iam e vinham

Meu corpo estava ausente
Preso num mundo de lembranças
De ideias fantasiosas
Como no mundo das crianças

Entre pensamentos e sensações
Melancolia e desafetos
Minha mente flutuava intensa
Num sonho de caminhos incertos

E todo sentimento
De mim foi se distanciando
E novas emoções vieram chegando

Num misto de coisas ainda distantes
Meu pensamento vagava
Buscando novos horizontes

Liberdade


POEMA DE: Fernando Pessoa


Ai que prazer
não cumprir um dever.
Ter um livro para ler
e não o fazer!
Ler é maçada,
estudar é nada.
O sol doira sem literatura.
O rio corre bem ou mal,
sem edição original.
E a brisa, essa, de tão naturalmente matinal
como tem tempo, não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto melhor é quando há bruma.
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

E mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças,
Nem consta que tivesse biblioteca...

sábado, 7 de maio de 2011

Para Sempre

(Poesia de:Carlos Drummond de Andrade )

Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento. 

Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Para Minha Rainha. Minha Mãe...


Há mais ou menos vinte anos atrás, uma mulher deu a luz a um menino, logo depois de seu nascimento, ela o abandonou na porta de um hospital. Pouco tempo depois, uma outra mulher, ou um anjo de Deus como eu prefiro chama-la, adotou essa criança. Deu-lhe uma casa, um nome, e passou a chama-lo de filho. Esse é o começo da minha história. A História de como eu ganhei uma mãe pra chamar de minha.
Esta mulher me criou, me educou, me ensinou a viver, e principalmente, me mostrou que o amor sempre vence.
Não me importo em não ter passado nove meses dentro dela. O que realmente importa, é que ela sempre esteve ao meu lado quando mais precisei.
Quando não tive palavras, ela dividiu comigo a agonia do silêncio.
Quando eu estive errado, ela me trouxe de volta ao caminho da certeza.
Quando me chamaram de mentiroso, ela lutou comigo pela verdade.
Quando tive vontade de gritar, ela gritou comigo.
Quando eu quis fugir, ela esteve ao meu lado.
Quando eu tentei desistir, ela me ensinou o significado da palavra perseverança.
Quando tive medo, ela me abraçou fortemente.
Quando eu chorei, ela enxugou todas as minhas lágrimas.
Por esses, e por muitos outros motivos, eu me sinto infinitamente grato em poder chama-la de mãe. Aliás, mãe só não. Ela também é meu anjo da guarda.
Literalmente, devo tudo que sou, a ela. Minha mãe.
Ter uma mãe é muito bom. Agora ter o prazer de ser escolhido por ela, é um sentimento inexplicável.
O sangue dela, não é o mesmo que corre dentro de mim. Mais e daí? Quem precisa de laços de sangue, quando se tem laços de amor infinito?!
Eu queria poder homenageá-la com palavras. Mais infelizmente, nem todas as palavras do mundo seriam capazes de demonstrar meu amor.
Mãe, tudo o que quero te dizer...
É QUE EU TE AMO!

FELIZ DIA DAS MÃE!!!!

terça-feira, 3 de maio de 2011

Sobre as coisas que eu tentei...


Eu tentei esquecer-me de quem eu fui um dia. Mas existem coisas na vida de um homem que não podem simplesmente ser apagadas como um borrão qualquer num livro de poesias.
Eu tentei esconder o rosto molhado pelas lágrimas que insistiram em cair quando meu mundo se perdeu em algum lugar vazio e sem sentido.
Eu tentei não pensar nas coisas ruins, mas os pensamentos voaram para longe do meu domínio e tudo que eu podia sentir era solidão e frio.
Eu tentei não me sentir sozinho. Mas os rostos estranhos na multidão pareciam ser tantos e tão estranhamente desconhecidos.
Eu tentei fugir, mais minha dignidade foi mais forte que qualquer ato desesperado de minhas pernas.
Eu tentei lutar, mas já havia gastado toda minha força por uma luta sem sentido e agora estava fraco demais.
Eu tentei manter minha esperança viva; mas os erros ecoavam em meu subconsciente em uma espécie de dança incoerente.
Eu tentei viver das lembranças boas, mas essas eram tão raras que acabaram antes que o sol nascesse novamente no horizonte.
Eu tentei recomeçar do zero, mas os fantasmas do passado atormentavam cada um dos meus passos em busca de uma nova vida.
Eu tentei muitas coisas quando perdi o amor de minha vida.
Mas nunca tentei esquecê-la, pois isso era pura perda de tempo.

domingo, 1 de maio de 2011

Ainda esta noite, eu vou chorar por você...


Quando todas as luzes se apagam,
Quando todas as vozes se calam
Então é hora de pensar em nós.
Envolto pela bruma da noite
Procuro um novo recomeço
Livre de velhos erros e os mesmos tropeços.
Só queria um tempo pra chamar de meu.
E um coração que não fosse somente teu.
Eu procuro nas sombras do quarto,
Uma lembrança presa às paredes.
Que não seja apenas silêncio.
E que não seja apenas minha.
Procuro tua lembrança.
Só encontro teu nome.
Minha mente gira,
enquanto o mundo lá fora padece.
Todas as noites
São sempre as mesmas.
Minha vida se envolve
Num canto de solidão.
Em palavras silenciosas
Em momentos ausentes.
Em coisas que só as lembranças
Foram capazes de viver.
Meu peito anseia calado,
A espera da única certeza que ainda tenho.
A de que ainda esta noite
Eu vou chorar por você...