quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Soneto a Bailarina e suas Angústias






















Bailarina, que dançava nos palcos de minha antiga vida
Que sobrevivia de sonhos e inquietudes desconcertantes
Dançando agora em palcos alheios, além de meus olhares
Flutuando entre inverdades e nobres valsas dançantes

Pensava eu, que seria apenas meu, todo amor que nunca foi
E era tão certo ao dizer que tinha por completo as palavras ditas
E apenas certo foi o dia em que o trem cortou os trilhos da partida
Levando embora sorrisos  e desesperos de outras vidas mal vividas

Bailarina, de dança triste, incólume com os sentimentos
Afagando no peito calado a partida vazia ao descaso
Entre os avessos da alma, via-se a si mesma nos palcos, esquecida.

Dançando sobre os escombros dos velhos pensamentos
Sorria ao dançar com o choro engolido entre a alma e os passos
Fingindo novamente ter seguido em frente na grande dança que é a vida

4 comentários:

  1. Imaginei a bailarina rodopíando e fazendo estripulais com seu solo dançante. Lindo seu texto!

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    1. Olá Jasanf, É lindo mesmo deixar-nos valsar nas danças da bailarina sobre a vida. Abraços meus!

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  2. que lindo Canata...quase a acompanhei em seu ritmo tão doce e envolvente... que a vida seja sempre uma dança pra nós...

    bjo

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    1. Olá Denise!
      Pois sim, a vida deve ser sempre encantada como uma dança, e sem nunca perder o ritmo e os sorrisos!

      Abraços meus!

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