segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Desabafos típicos de uma segunda sem intenções.

Este não tem sido um ano muito legal. As perdas, se comparadas com os ganhos foram um número infinitamente  maior. Mas estamos aqui, não é mesmo. Não é isso que os poetas fazem melhor? Escondem suas inquietações no meio de palavras escritas em verso, ritmadas ou não. Perdi pessoas, perdi pessoas para sempre, mas o que mais me tirou o sono até agora, foi ter perdido à mim mesmo em algum lugar do caminho. Cheguei numa daquelas crises curiosas da vida, em que você percebe que vai ser mais um despercebido na multidão, e pior que isso, você se olha no espelho e não reconhece ali o cara que você era uns anos atrás. Eu nunca superei a perda do meu amor. Nunca consegui seguir em frente. E desde então, tudo que tenho feito é um monte de idiotices pra ver se consigo me odiar um pouco mais a cada manhã, e então entender porque ela me deixou. Os meus fantasmas interiores, fizeram virar silêncios todas as poesias de alguns anos atrás. Eu sou, momentaneamente ou não, um grande fracasso. Um grande fracasso assistido de perto por um monte de gente que torceu pra isso. Eu queria tanta coisa simples. parar de fumar, um amor sincero, aprender tocar violão. Não consegui nada disso. às vezes eu quero ir embora daqui sabe, voltar por Uruguai sem nunca mais ter que voltar pra essa cidade e pra tudo isso. Mas o fato é que o problema não são os lugares. São as pessoas. As minhas inquietudes vão ser as mesmas aqui, em Londres, em Madri, no Sertãozinho de Minas Gerais, em Manus não importa. Vai ser sempre eu, e meus problemas na bagagem. 
Certeza mesmo, só tinha Cássia Eller quando disse que somos poetas, mas não aprendemos a amar.
Meu quarto tá uma bagunça, meu coração tá uma bagunça, e eu não descarto a possibilidade de que este seja o último post desse blog. Eu só quero um tempo longe de pressões, de cobranças desnecessárias, de remédios tarja preta e de falta de inspiração. Eu só quero me encontrar pra poder continuar. Eu só quero ser forte pra sobreviver a mais esta fase ruim. E o tempo ruim vai passar, mais cedo ou mais tarde. Tudo passa. 

2 comentários:

  1. De tudo o que eu li, só espero que esse não seja o último post deste blog.
    Meu querido amigo Canata, é ruim essa fase da vida em que parece que nada mais faz sentido, parece que o cansaço invade cada poro de nós e dá vontade de sumir, de tudo, de nós mesmos... mas, por pior que pareça, passa mesmo como vc disse no final do texto, agora, o que me dá ânimo para continuar essa vida é o amor que Deus tem por mim, não importa o quantos de fracassos vc acumule sobre sua vida, Ele te ama! não importa quantas pessoas vc perdeu, ou se vc mesmo se perdeu no caminho até aqui, Ele te ama e quer te ajudar a vencer essa vida, com a alegria que só Ele dá no coração ... me senti triste por vc quando falou do seu amor,mas olha, eu vou orar por vc, talvez não tenha acabado, ou ainda, talvez exista outro amor pra vc, nunca sabemos, o fato é que, vc é um grande escritor que sabe o que fazer com as letras, e isso é pra poucos, sinta-se privilegiado, levante, arrume a bagunça do seu quarto porque isso geralmente costuma ajudar muito no ânimo da gente, e depois, comece a lutar pelo que vc quer, ore, confie e entregue sua vida a Jesus, e vc vai ver que vai valer muito a pena! Mesmo que as tempestades venham, o seu barco encha de água e talvez venha a afundar, Ele te segura pela mão e te faz andar por sobre as águas.Uma canção pra trazer brilho ao seu coração:
    http://www.youtube.com/watch?v=gYBzHhvqF_k
    abraço grande e não pare de postar seus textos!
    Deus te abençoe!

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    1. Olá Denise!
      Bom, primeiramente, agradeço do fundo da alma pelas palavras. Não sabes o quanto me acalantaram o coração cheio de tormentos. Sim, é verdade não é mesmo, mesmo com tudo o que passamos para chegar até aqui, ainda estamos de pé. Porque Deus nos suporta, nos sustenta e nos põe de novo na vida. Vou seguir seus conselhos sim, tirar a poeira da alma, arrumar meu quarto e orar com toda a sinceridade, pedindo dias de paz. Não vou me entregar e nem entregar o blog e minha escrita. Ela tem sido minha grande aliada nesses meses de melancolia. Sobre o amor, ah! o amor. Acho que quanto a ele só nos cabe deixar o tempo curar o que foi passado, e com o tempo essa dor vai diminuir. Tempo, aliás, é tudo que precisamos para colocar a vida de novo nos trilhos. Saiba que, ao ler seu comentário, sorri e chorei ao mesmo tempo. Palavras amigas são capazes de salvar nossas vidas, e por isso lhe sou muito grato, de hoje até a eternidade!

      Abraços meus, de coração :)

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