domingo, 22 de outubro de 2023

A Estrada sem graça




Na noite densa, um homem solitário,
Caminhando com seu sobretudo preto,
Pelas estradas desertas, sem destino, sem guia,
À sombra da lua, ele busca a si mesmo.

Seu passo é pesado, ecoa na noite,
O vento uiva alto, a escuridão o açoita,
Em busca de respostas, ele segue a senda,
No coração a dor, na alma, a tormenta.

Seus olhos, dois abismos de escuridão profunda,
Refletem a tristeza, a dor que o inunda,
Um rosto pálido, um semblante cansado,
Ele carrega segredos, pesares do passado.

Cada passo ecoa como um eco sinistro,
Enquanto o sobretudo balança ao vento frio,
Nas sombras ele busca um alívio, uma cura,
Para a angústia que em sua alma perdura.

Mas a estrada é longa, e o fim incerto,
E a escuridão profunda, um manto esperto,
Envolvendo o homem em seu abraço frio,
Enquanto ele caminha, sem rumo, vazio.

Pelas estradas desertas, ele segue sem cessar,
O homem com sobretudo, a sua sina a encarar,
Na noite eterna, seu destino se entrelaça,
Com o manto da solidão, na estrada sem graça.
 

Um comentário:

  1. Obrigado por fornecer informações valiosas de forma consistente. Seu blog é um tesouro.

    ResponderExcluir