quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O desconhecido da minha rua Parte I


















Havia na minha rua, um poeta de alma fechada
Alguns até diziam que ele não amava.
Mais eu sempre o achei apenas quieto.
Alguém que de vez em quando, sorria discreto
Ao me ver caminhando pela calçada.
E assim, fui o decifrando, sem que falasse nada.
Ora e meia olhava a rua vazia.
Nem rastros dele, nem do que fazia.
Do outro lado do muro, ouvia a máquina de escrever.
Ela sempre falava tudo o que ele tinha a dizer.
Uma vez, ele sumiu por uns tempos.
Voltou depois, trazido pelos ventos.
Não se sabe por onde andou.
Mais se sabe que ele amou.
Pois voltou com um sorriso no rosto
Um sorriso que de tão belo, dava até gosto.
E depois disso o pessoal lá da rua
O chamavam de poeta formosura.
Pois o que antes era pintura desbotada
Tornou-se poesia repintada

Um comentário:

  1. F.H,
    o amor move montanhas e faz poesias, e das melhores.
    Parabéns, novo amigo!
    Talento enorme, você!

    Ótima semana!

    ResponderExcluir