quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Bloqueios

















Ando inquieto, num bloqueio interno.
Reconheço-me à distância,
Inventando amanhãs que não existem
Mas que consistem em ser lembrança.

A caneta, em folha branca
Se cala. E nada fala.
E de silêncios em silêncios
Descansa o ego em brasa.

Ando sozinho, num bloqueio comigo
E de palavras em palavras,
Reorganizo princípios e refaço
O caminho, entre os acasos.

E lá fora alguém grita,
Perguntando onde está o poeta sem letras?
E descompassando-me outra vez
Carrego na alma, um simples talvez.

Mas não se engane, nem pense por pensar
Que o poeta, deixou de amar.
A poesia, está apenas calada.

Porque às vezes, eu prefiro o silêncio.
E entrego meus poemas ao vento.
Pra que ele os leve à minha pobre alma apaixonada...

Um comentário:

  1. Recolhimento,é preciso às vezes!Ficar quieto,tentando ouvir o eu interior,pra voltar com novas energias,tanto na vida quanto na poesia.
    Dias de amor e alegria,abraço!=)

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