segunda-feira, 18 de março de 2013

18 de Março


















Céu escuro, cor das cinzas do cigarro sobre a mesa
E a lembrança presa nos últimos fragmentos
De um amor perdido entre palavras 
E versos de poemas jogados aos ventos

Hoje sempre será um dia daqueles que tento esquecer
Para me perdoar pelas coisas que eu nunca tentei
E talvez chorar as últimas lágrimas sensatas
Daquele primeiro amor pelo qual nunca amei.

Uma data, como tantas outras no antigo calendário
Sobre a mesa do quarto, ainda rabiscado pelo teu aniversário
Como se a partida, fosse o ponto de encontro
Do meu próprio e sincero  desencontro

Sentimentos não morrem da noite pro dia
Mas volta e meia, voltam a virar nova poesia
Para contar sobre dias que tirei do calendário
Fazendo das palavras, o sentimento necessário

Adicionando sombra nas lembranças
Mudando o tom da voz do esquecimento
Fugindo de detalhes presos à memória
Pra te tirar de vez  do pensamento


Hoje, é uma data como todas as outras...
E o resto é nada mais







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