domingo, 31 de março de 2013

Relutância

















Mantenha a cidade limpa dizia o cartaz
Políticas públicas,  ou sujas tanto faz
Governo indecente  quem mente ao povo
Descrente de quem já ouviu tudo isso antes
Sem esperanças, agora sofre de novo
Cidade limpa, de negros, homossexuais
Mas e o livre arbítrio e o tal direitos iguais?
E o cidadão que já não aguenta mais?
Como faz?
Como fez o prefeito, deputado ou senador
Que joga no lixo o valor de todo respeito e amor?
Cidade indigesta, país indigente
E a gente
Ficando sem fala
Ou falando às paredes sobre corruptos
Homens públicos, também chamados de putos
Acorda país, seus direitos estão ali na esquina
Sendo levados pelas enchentes
E vendidos pelos traficantes de cocaína
Suas lutas, incubadas pelos seus temores
Transformando Brasília num circo de horrores
Num triste pesadelo, querendo acordar
-Acorda poeta, o dia nasceu, é hora de trabalhar.


Um comentário:

  1. uau.
    me tirou o fôlego seu texto e ao mesmo tempo me deu uma vontade de correr lá fora e gritar tudo isso pra ver se acordamos dessa inércia.
    muito bom!
    que seja mais que palavras pra vc, pra mim e pra todos nós.

    Abraço.

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