quarta-feira, 10 de abril de 2013

Vivendo de novo


















Eu estive cego por um longo, longo tempo
Até ver de perto tudo ser levado pelo vento
Como castelos de cartas caindo num vendaval
E a vida desmoronando em um dia tão igual

Eu vi as desconstruções das muralhas da alma
Vi o céu ruir em azul toda sua força calma
Vi senhores que dominavam a multidão
Levantarem vôos  e sumirem na imensidão

E então eu acordei da minha vida tão silenciosa
E vi o céu sorrindo para mim em tons vermelhos e rosa
E nada mais era tão importante quanto seguir em frente
Deixar ficar todo o vazio, e levar no coração tudo que se sente

E lá fora, dentro dessa vida nova, alguém cantava aquela canção
Deixando na boca o gosto de despertar de corpo alma e coração
Para uma vida sem os cegos castelos de areia à beira-mar.
Dali para frente, eu sabia que se pudesse sorrir, também podia amar.

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