segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Silêncio II

(Aos que se deixam Calar)



Não há palavra certa
Porque certeza é ilusão
O que há é sentimento
Dores de um coração

Silêncio.
Diante de pequenos gestos
Apenas o silêncio
Parece ser concreto

Ainda há dor
Ainda há lamento
Dor que vem da alma
Dor que vem de dentro

Alguém jogado na rua
Sem um teto, sem ninguém.
O Silêncio de quem vai
O desprezo de quem vem.

Não há sentimento tão deplorável
Como o Silêncio de Desprezo.
Um silêncio sujo
Nas palavras presas a esmo.

Será que um dia enfim seremos livres?
Ou o Silêncio dos que se deixam calar
Ainda terá forças
Pra tomar o nosso lugar?

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