segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Às Vezes


















Às vezes me pego lucidamente falando.
Mais na força das palavras, vejo-me apenas pensando.
Às vezes as rimas interpoladas me mostram poesias.
E por elas, vejo alguma graça entrelaçada aos meus dias.

Às vezes eu danço tango.
E quase sempre, sou melhor cantando do que dançando.
Não que não haja em mim todo teor desta dança quente.
É só que meus pés ainda não aprenderam a dançar espanhol fluente.

Às vezes não tenho a menor graça.
Culpa da vida, esta nobre palhaça.
Que das minhas piadas faz desdém como ninguém.
Mais sei que no fundo, de minha vivência, faz sua referência.

Às vezes ainda, esbanjo sorrisos.
Porque minha poesia é um descompasso sem avisos.
Parafraseando meus pequenos conceitos.
Redesenhando meus caminhos desfeitos.

Às vezes eu subo no palco.
Não aquele, dos meus tempos de teatro.
Mais um palco despertado de uma peça chamada vida.
Onde faço-me a estrela principal, com seu terno desbotado,
Mais a Lapela sempre florida...

10 comentários:

  1. Achei lindo Canata,muito bonito mesmo.
    Então seus pés ainda não falam espanhol fluente?
    Pois os meus assemelham-se,mas fora o tango que é bem difícil,ainda dou uma enrolada...hahaha
    Adorei o poema,mto legal!
    Beijos e uma ótima semana

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  2. Esta lapela simplesmente tem a expressão de um vagalume... Tens se superado a cada post... Acredite que não falo isso por ser sua fã, pq por mais que eu goste do escritor, eu necessito admirá-lo pra poder elogiá-lo...

    Sinta-se admirado e agradeço por suas palavras em meu ninho sempre tão gentis (um tanto exageradas rs) ...

    A Lívia agradece...muito

    Bjsss meussss

    (emocionei)

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  3. Um poema pleno de lirismo, bonito de viver. Um abraço, Yayá.

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  4. Canata, é bem verdade: a vida nos faz protagonista dela, mas após nos depõe para mero coadjuvante.
    Amigo, cada obra sua sinto que se aperfeiçoa paulatinamente e engrandece sua maestria.

    Parabéns pelo poema e pelo dom poético!

    Abraços!

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  5. "Às vezes ainda, esbanjo sorrisos.
    Porque minha poesia é um descompasso sem avisos..."Um poema certeiro, real.Me identifiquei plenamente!Parabéns pela ótima escrita!

    Abraços

    psrecuerdame.blogspot.com

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  6. É a vida que imita o teatro. ou é o teatro
    que imita a vida? Faz-se muito essa pergunta.
    No seu caso, parece que há uma simbiose, Canata:
    O ator e o personagem, estão sempre presentes.
    Afinal, estamos sempre num palco. Sua poesia,
    é a peça de sua própria vida. Tudo se confunde,
    tudo se funde!
    Gosto, de seu dizer poético!
    Um beijo
    Lúcia

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  7. Olá Canata,

    A vida é tão controversa, mas ao mesmo tempo, tão maravilhosa.

    Abraços de luz.

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  8. "Não que não haja em mim todo teor desta dança quente.
    É só que meus pés ainda não aprenderam a dançar espanhol fluente."

    =)
    amei o poema Canata!!!
    principalmente a parte acima...no palco da vida é preciso lutar,amar,chorar,dançar,correr,voar;conjugar todos os verbos possíveis antes que as cortinas se fechem e o show acabe...

    Beijos meu caro,
    =]
    e até o próximo poema.

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  9. Lindo... Pura essência de uma alma, na plenitude de um ser. Parabéns, adorei o poema, maravilhoso.

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  10. Oi, Canata. Cá estou a deliciar-me com teus textos. Simplesmente lindo! No show da vida todos somos atores, e nesse palco devemos nos entregar de corpo e alma no ato do amor.
    Tenha um lindo dia, querido.
    Um grande abraço.

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