domingo, 18 de setembro de 2011

Piedras

















Revejo-te em alguns cantos.
Nem os tantos reflexos, me fazem esquecer.
Pressupostos eram meus conceitos
Que os encantos fizeram-me ver.
Era lentamente o olhar triste, melodioso.
Cantando o vassalo dos cantos que eu te procurava
E de mim, não encontrava nada.
Escadaria fechada. Janela entreaberta. Pessoas na sacada.
Pessoas de pedra. Estátuas de outrora.
Solidão que já não apavora.
Seu olhar triste, parece sentir o que já sentia eu.
Encantos, que se desencontrou e se perdeu.
E a rodovia de carros barulhentos,
Tão perdidos quanto nossos sentimentos
Seguindo pelo asfalto, sem tato.
O cimento concreto que sela a vida de pedra.
O sentimento selado que não se encerra.
De pequenos atos, os passos vão seguindo.
Já não se sabe muito bem onde estão indo.
Mais permanecem.
E seguem, sem imaginar.
Que a queda dos ventos, é brisa sem tempo.
E que as pedras,  um dia souberam amar...

4 comentários:

  1. Nossa Canata,que poema lindo...amei!
    Perfeito...tocante,profundo.
    Vc estava muito muito inspirado e romântico,adorei!
    Beijos e boa semana

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  2. Canata...Vc se supera a cada poema postado!
    FORTE este! me tocou!

    Bj e boa semana!!!

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  3. Simplesmente perfeito!Sem mais palavras...

    Abraços

    psrecuerdame.blogspot.com

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  4. F.H.,
    "pedras que souberam um dia amar"!
    É muito literatura! Amplia o significado e muito!

    Belíssimo!
    Abraços!

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