sábado, 20 de dezembro de 2014

Divagações II

O texto a seguir, foi extraído de um comentário num grupo para leitores no facebook, A postagem tinha como objetivo, descrever-nos para os demais do grupo, eis quem é este aprendiz:




"Vou seguir a prática dos colegas e me des(es)crever, apesar de que, no meu caso, não é tarefa simples.
O que eu gostei ontem, já não é mais o que gosto hoje e com certeza não será o que gostarei amanhã. Sou antes de tudo, adverbio e nunca verbo intransitivo, porque não preciso de complemento pra existir, eu apenas existo. Ou exito em pensar sobre o que sou. Eu sou como qualquer outra pessoa que passou por vocês na rua hoje, no caminho de volta pra casa. Sou o leitor no ponto de ônibus, o cara comprando pão na padaria, o faxineiro limpando o banheiro do shopping. Sou pessoa comum. Atormentado por erros do passado, mas quem não é, não é mesmo?! Tenho manias de criar diálogos que nunca disse e medo de morrer enquanto tomo banho e alguém encontrar meu corpo pelado, mas não tenho medo da morte em si. O meu maior medo é o esquecimento em todas as suas formas. Gosto de silêncio e de baladas, e isso soa contraditório dito na mesma frase, mas sim, eu sou contraditório em tudo. Só amei de verdade uma vez e não é uma história com final feliz, porque termina em despedida. Muito do que eu falo, só pode ser ouvido se prestar atenção nas entrelinhas, meus sorrisos nem sempre são sorrisos e desconfie se me perguntar se estou bem e eu lhe disser sim, está! Eu ouço os problemas dos outros com atenção, mas não falo sobre os meus. Enfim, sou como qualquer outro no mundo, e gosto de escrever, porque é a única coisa que faço por mim e para mim. Blues e destilados fazem parte da minha rotina. Não tenho filhos, que eu saiba. Já frequentei igrejas e prostíbulos, não no mesmo dia. Conheci santos e putas e com ambos aprendi, que nada é errado se lhe trás paz. E no fim, isso é tudo que resta. estar em paz consigo mesmo, não importa se 'quem eu sou' é uma resposta objetiva, do tipo, alto, baixo, gordo ou magro. Ou uma reposta lúdica como a que dei agora. E se você, meu caro amigo, que teve a paciência complacente com este que vos escreve, de ter lido até aqui, souber ler também as entrelinhas, saberá melhor que eu a resposta para a tal pergunta: "Quem sou eu?!" Porque sobre isso, tudo que sei, é que eu sou a soma de tudo o que já vivi, com tudo o que ainda viverei. Fim."

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