quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Ventos e Mares

O sorriso desamparado
De quem se viu inquieto.
Os olhos tristes e perdidos
De quem os perdeu por completo.

Canta os ventos do norte.
Grita os mares do sul.
Meu peito anseia a morte,
Num dia de céu azul.

Aos montes, caídos,
Perturbáveis poetas.
Hoje são cinza e desbotadas
Suas estátuas e estatuetas.

Se choras, não me comove.
Se ri, não me alegra.
Impenetrável é o que sou.
Tão duro como uma pedra.

Poeta de peito amargo
E coração dilacerado.
Alguém que chora sem sossego
Por um dia de seu passado.

Porque enquanto canta os ventos do norte,
Gritam triste os mares do sul...

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