Vai ficando longe de mim,
O eco do corpo
No Próprio vento pregado,
E o pálido branco
Nas flores quietas, quebrado.
Mas não se joga com ninguém
O que pensei que se jogaria.
Já não vejo os santos cobertos
Que sempre via.
Tudo foi sobrenatural
E ainda assim
Foi tão igual
Resplandecendo além do fim.
O universo ficou vazio
Porque a mão do amor
Foi partida, e na vida
Ainda faz frio
Nós merecemos a morte
Porque somos humanos
E a guerra é feita por nossas mãos.
E o monstro estranho e instável
Que trazemos no peito fica sem explicação.
Mandei a ti
Meu soldado mais forte
E com todas as armas
Que os levem a morte.
Suspiro do vento
Lágrima do mar.
Meu pensamento
Não sabe matar
Lanço destes altos montes
As frias covas do oceano.
Meu sonho sem horizonte
Claro, puro e sobre humano.
Da varanda do colégio
Ao pátio do sanatório.
Que sopro no cemitério
E estranho falatório.
Minha vida está mudada,
Toda cheia de paredes tortas.
Os animais enlouquecem
E pessoas caíram mortas.
Ontem tinha tudo
E hoje nada tem
E nenhuma lágrima vem.
Fala-se com homens
Com santos, consigo, com Deus.
E ninguém,
Leva minha alma as estrelas
Assim seja, amém.
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