quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Monólogos de um dia sem sol.

O sol se esconde por entre as nuvens
Deixando para trás o brilho
Incessante da manhã
Ninguém sabe onde está a verdade
Obscura pela tempestade
Ela parece silenciosa
Esperando pela luz
Enquanto isso, cantam os pássaros.
Em melodias tristes e descompassadas.
Esperando por coisas
Além da nossa compreensão.
O vento canta. Murmura.
Implorando por um novo amanhecer
Menos triste, menos vazio,
Menos escuro.
As ondas do mar estão sonolentas
Trazendo angústias,
Levando as esperanças.
Trazendo os temores,
Levando as lembranças.
Enquanto o sol se esconde,
Os galhos secos do inverno
Riem de nós, presos ao chão,
Pelos esqueletos de árvores.
Enquanto o sol esteve ausente
O mundo lamentava.
Chorava pela escuridão vazia.
E a verdade que não vinha
Só pesava a consciência.
Seremos sempre assim,
Chorando pelos que já se foram
E negando amor aos que vivem.
Não somos parte do passado.
Somos a consequência dele.
E não importa se o sol
Está ou não presente.
Um dia a verdade virá.
E nesse dia,
Não haverá escuridão.


Autor: F.H.Canata

Um comentário:

  1. Ah que escuridão é esta no seu poema que ficou clara? Belo poema!

    bjs

    Catita

    ResponderExcluir